É comum que escutemos, em diversas campanhas, frases como “seja solidário” ou “o país precisa da sua colaboração” como forma de atrair a ajuda da população para os mais necessitados. E geralmente se consegue muita ajuda para esses eventos, pois, como se diz, os brasileiros são muito solidários. No entanto, em casos mais próximos, esses mesmos brasileiros não costumam fazer nada.
Casos como as enchentes de Santa Catarina foram rapidamente acolhidos pela boa vontade do povo, com ajudas em alimentos, roupas e móveis. No entanto vale notar que se não houvesse ocorrido tão grande alarde pelas mídias mais acessadas, como a televisão e os jornais, isso acabaria por ser esquecido por todos.
Muitas vezes uma pessoa mais necessitada aborda aquele indivíduo que fez doações para os catarinenses, e este, por sua vez, o evita, ao invés de escutar o que ele tem a dizer. Além disso, moradores de rua são ignorados, pessoas atravessam a pista para evitar abordagem, entre muitos outros. Nesses momentos para onde vai a boa vontade que têm essas pessoas?
O povo brasileiro é facilmente manipulável, é como um cão treinado a fazer algo em base de palavras-chaves. Mesmo vendo que algo está acontecendo, espera imóvel até que seja dada a ordem : “SEJA SOLIDÁRIO”. No entanto, isso não pode ser considerado solidariedade, e sim indução. A população deve trabalhar melhor seus conceitos, e não ajudar apenas aqueles a quem a mídia julga necessário e válido citar. Não devemos esquecer quem está próximo de nós.
texto por: Vinícius Fucks (participante do coletivo REGRAF)